O papel estratégico dos conselheiros independentes para o sucesso de grandes empresas

Grandes empresas têm apostado na atuação de conselheiros independentes. São profissionais que assumem papel de destaque na representação dos interesses corporativos e fazem parte do sistema de governança, atuando junto à alta administração, com a função de desenvolver estratégias de médio e longo prazos.

No Brasil, a abertura do mercado para atuação dos conselheiros independentes começou na década de 80, com o crescimento das empresas de capital aberto. Nos Estados Unidos, especialmente nos últimos 20 anos, houve um aumento significativo do cargo, criado justamente para oferecer mais segurança aos processos corporativos. Na época, cerca de 90% daqueles que ocupavam papel de CEO também atuavam como presidentes dos conselhos de administração. Hoje, o percentual baixou para cerca de 50% entre as 500 maiores empresas americanas listadas em bolsa, conforme aponta o especialista Di Miceli, autor do livro Governança Corporativa no Brasil e no Mundo.

Além de serem representantes que proporcionam às corporações maior segurança quanto a eventuais conflitos de interesses, os conselheiros independentes – sejam eles consultivos ou de administração – são responsáveis por elevar o grau de profissionalização das empresas, além de ampliar a capacidade de decisão sobre temas estratégicos.

Boas Práticas de Governança Corporativa estabelecem um sistema voltado à transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa, sendo chave contar com a atuação dos conselheiros, pois além de serem profissionais dedicados a resguardar esses princípios, também participam dos processos de tomadas de decisões. Dessa forma, atuam em representação a diversos grupos de interesse, desde acionistas, colaboradores, parceiros de negócios, corpo executivo, comunidade, meio ambiente, clientes e sociedade.

Experiência é um dos principais critérios para o cargo

Segundo Di Miceli, para que a atuação dos conselheiros aconteça da forma mais ampla e eficiente possível, é preciso designar para o cargo profissionais com reconhecida experiência na área de gestão e governança corporativa. “Para começar, ele ou ela precisa ter o respeito dos pares, que deve ser conquistado ao longo de uma trajetória. Então, teria que ser uma pessoa que seja madura, não necessariamente do ponto de vista de idade, mas de experiência”, explica.

Psicóloga e sócia-diretora da Light Source, Léia Wessling atua como Conselheira Independente, tendo longa experiência como especialista em gestão estratégica e transformação cultural

Com longa experiência como executiva na área de Gestão Estratégica de Pessoas, a conselheira independente Léia Wessling esteve à frente de processos de turnarounds em diferentes corporações, além de coordenar estratégias de change management em empresas familiares e multinacionais. Para a especialista, que também é sócia diretora da Light Source, muitas empresas tem buscado maior profissionalização e alinhamento de estratégias de curto e longo prazos. São movimentos que promovem debates sobre a relação entre crescimento e capacidade sucessória, assim como a integração de culturas frente aos novos produtos e serviços disponibilizados ao mercado.

Léia destaca que a diversidade nos conselhos tem se mostrado um indicador de sucesso — tanto para a performance quanto para a equidade e responsabilidade corporativa. Nos últimos cinco anos, a Light Source tem ampliado a participação no mercado com soluções para grandes empresas que buscam uma gestão mais assertiva por meio de conselheiros independentes.

À frente do novo braço de atuação da consultoria, a especialista tem se dedicado cada vez mais a processos de evolução da Governança em diversas empresas, seja na constituição de Conselhos Consultivos e de Administração, quanto no Hunting de Conselheiros junto ao mercado, além da participação em Comitês de Assessoramento e, mais recentemente, na composição de Conselhos, para conduzir temas relacionados à estratégia, change management, cultura e sucessão. “Integrar estratégia e pessoas nos debates dos Conselhos de Administração têm dado mais musculatura para as empresas qu

e desejam crescer e competir tanto em mercados maduros quanto na nova economia. Assim, são tratados temas de impacto a longo prazo, como cultura e sustentabilidade, que se conectam tanto aos aspectos de diversidade quanto de efetividade dos CAs”, destaca Léia.

 

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